Ocorrência de carcinoma micropapilar de mama em cadelas em um laboratório do Distrito Federal no período de 2021 a 2024

Série de casos

Autores

  • Karine Macêdo da Silva Discente do Curso de Medicina Veterinária, Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos - Uniceplac
  • Laís Cordeiro Discente do Curso de Medicina Veterinária, Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos - Uniceplac
  • Rafaela Barros Médica Veterinária do laboratório One Health Veterinary – OHV
  • Vanessa Mustafa Professora Doutora do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac, Departamento de Medicina Veterinária, Brasília-DF Brasil.

Palavras-chave:

Carcinoma micropapilar, Neoplasia mamária canina , Epidemiologia

Resumo

As neoplasias mamárias representam um dos tipos de tumores de maior incidência em cadelas. O carcinoma micropapilar, embora raro, caracteriza-se por comportamento extremamente agressivo e alto potencial metastático, podendo acometer as glândulas mamárias de cães. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento retrospectivo, entre os anos de 2021 e 2024, dos casos de carcinoma mamário diagnosticados em cadelas no Distrito Federal. Do total de 422 cadelas com neoplasias mamárias analisadas, 15 foram diagnosticadas com carcinoma micropapilar. A maioria das pacientes não possuía raça definida; entre as de raça definida, a Shih Tzu foi a mais acometida. A glândula mamária mais frequentemente afetada foi a inguinal, o que está de acordo com a literatura, que aponta maior ocorrência de tumores nessa região em virtude da maior massa glandular e da elevada densidade de receptores hormonais. O carcinoma micropapilar apresentou maior incidência em cadelas com idades entre 7 e 13 anos, faixa etária em que há maior predisposição para o desenvolvimento de tumores mamários. Essa susceptibilidade é atribuída ao prolongado período de exposição aos hormônios ovarianos. A maioria das neoplasias identificadas neste estudo apresentava diâmetro de até 5,0 cm e foi classificada histologicamente como de grau II de malignidade. O tamanho tumoral é reconhecido como um importante fator prognóstico: lesões com até 3,0 cm tendem a apresentar melhor prognóstico quando comparadas a massas de maior dimensão. Contudo, observou-se neste estudo que mesmo neoplasias mamárias de pequeno porte podem exibir comportamento histológico agressivo, reforçando a relevância do diagnóstico e da remoção cirúrgica precoces dessas lesões.

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Publicado

14-10-2025

Edição

Seção

Clínica Médica de Pequenos Animais